E se, de repente, surgisse dentro de mim uma vontade enorme de pegar numa máquina destas? Não estaria a fugir à tradição familiar. Cresci no meio de linhas e tecidos, a ver a minha mãe de tesoura na mão entre moldes de Burdas e fita métrica. Tantas vezes a acompanhei para escolher botões, rendas, fitas, comprar agulhas, alfinetes... Tantas horas a vi debruçada sobre a máquina de costura, ficar sem dormir para terminar peças de roupa, encomendas urgentes! A dedicação e perfeição eram notórias nos seus trabalhos. Por brincadeira cheguei a costurar alguns trapos para as minhas bonecas. Nunca quis aprender a sério pois sempre me pareceu um trabalho demasiadamente árduo, porém fascinante.
Hoje tenho pena de não o ter feito. Talvez não seja tarde.
Hoje tenho pena de não o ter feito. Talvez não seja tarde.
Tarde??? Porquê?
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